Um Judeu debaixo da Lei

O pacto da circuncisão era um complemento da lei de Moisés, e todos os homens judeus eram obrigados a ser circuncidados no oitavo dia. O parto contaminava a mãe judia, e certos rituais de purificação eram necessários para a limpeza. Divinos não estão sujeitos à circuncisão e nem aos rituais de purificação, mas Jesus e Maria estavam:

“Fala aos filhos de Israel, dizendo: Se uma mulher conceber e der à luz um menino, será imunda sete dias, assim como nos dias da separação da sua enfermidade, será imunda. E no dia oitavo se circuncidará ao menino a carne do seu prepúcio. Depois ficará ela trinta e três dias no sangue da sua purificação; nenhuma coisa santa tocará e não entrará no santuário até que se cumpram os dias da sua purificação. Mas, se der à luz uma menina será imunda duas semanas, como na sua separação; depois ficará sessenta e seis dias no sangue da sua purificação. E, quando forem cumpridos os dias da sua purificação por filho ou por filha, trará um cordeiro de um ano por holocausto, e um pombinho ou uma rola para expiação do pecado, diante da porta da tenda da congregação, ao sacerdote“, (Levítico 12:2-6).

Observem como Maria e Jesus são vistos no contexto da purificação e da circuncisão,

 “Completando-se os oito dias para a circuncisão do menino, foi-lhe posto o nome de Jesus, o qual lhe tinha sido dado pelo anjo antes de ele nascer. Completando-se o tempo da purificação deles, de acordo com a Lei de Moisés, José e Maria o levaram a Jerusalém para apresentá-lo ao Senhor”, (Lucas 2:21-22).

O texto apresenta um detalhe assombroso para os que defendem que Maria  e Jesus eram duas divindades:

 “… Completando-se o tempo da purificação deles…”.

Observe você que no ato da circuncisão houve um reconhecimento da existência de impurezas e a necessidade de sangue para removê-la. Se acreditamos no testemunho da Bíblia, vamos reconhecer um Jesus que nasceu após o curso normal do desenvolvimento do homem desde a concepção até o nascimento. Portanto, meu caro amigo leitor, a Bíblia ensina claramente que há um só Deus, que é Pai e Senhor supremo de todas as coisas, e que o Seu Filho que aqui veio, foi gerado como são todos os seres humanos, ou seja, Deus o trouxe adiante no processo do nascimento através de uma mulher mortal e não divina. Basta dizer que Gênesis 3:15 afirma que Jesus é semente de uma mulher. Uma mulher nascida em pecado.

Graças a ele é que hoje nós somos salvos da condenação, pois a condenação passou a todos os homens, como resultado da desobediência edênica. Todos os descendentes de Adão vieram sob esta sentença de morte apenas por ter nascido, e Jesus não era exceção (Rom 5:12, 18; Hebreus 2:14, 16-18).

 “Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram. Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida”, Romanos 5:12 e 18

Necessário comentar algo aqui referente ao detalhe que diz “o pecado passou a todos os homens, por isso todos pecaram”. O texto quer dizer que a mancha do pecado original foi transmitida a todos, também a Maria e a Jesus. No entanto, a Bíblia AVISA que Jesus NÃO COMETEU PECADO NENHUM. Não haveria necessidade da ênfase se ele fosse mesmo DEUS e divino. Outro detalhe espantoso está nas palavras: “a morte passou a todos os homens”. Por isso Jesus morreu, ele era um homem e não um ser divino,

 “E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo; Porque, na verdade, ele não tomou os anjos, mas tomou a descendência de Abraão. Por isso convinha que em tudo fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo. Porque naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados”, Hebreus 2:14-18

 “… Por isso convinha que em tudo fosse semelhante aos irmãos”. Isso significa que EM TUDO ele foi semelhante aos homens e nem um pouco semelhante aos deuses!

Por isso que Pedro diz que nós não fomos gerados pela semente corruptível, que é a dos homens, que está no sangue daqueles que são gerados de mulher, mas sim fomos gerados do Jesus ressurreto, a semente incorruptível,

1Pe 1:23 Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que permanece para sempre.

Gerados de novo!

Por isso a Bíblia diz que Jesus veio a esse mundo no corpo do pecado, o natural,

1Co 15:46 “Mas não é primeiro o espiritual, senão o natural; depois o espiritual”.

Por isso também o versículo seguinte diz que o homem nascido de mulher é da terra, mas o ressuscitado é do céu,

O primeiro homem, da terra, é terreno; o segundo homem, o Senhor, é do céu.          Qual o terreno, tais são também os terrestres; e, qual o celestial, tais também os celestiais”, vv 47,48

A sequência seguinte revela que os homens da terra são criados em corrupção,

49 E, assim como trouxemos a imagem do terreno, assim traremos também a imagem do celestial.

50 E agora digo isto, irmãos: que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herdar a incorrupção.

Ele ficou divino depois,

1Co 15:44 – Semeia-se corpo natural, ressuscitará corpo espiritual. Se há corpo natural, há também corpo espiritual.

O novo homem foi criado em Deus, e não por Maria,

Efe 2:15 – Na sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz

Efe 4:24 – E vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade.

Jesus de Nazaré não era uma divindade, mas sim totalmente humano!

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